Resenha: “Quase uma Rockstar” + Opinião sobre o filme da Netflix

Oi gente, tudo bem com vocês?

Então, esse era um post que eu estava MUITO animada pra fazer. Desde que assisti ao filme “Quase uma Rockstar” na Netflix (diga-se de passagem no dia que lançou, porque a ansiosa aqui não consegue esperar quando o assunto é filme ou série) eu me apaixonei pela história de uma maneira fora do normal. Fui pesquisar um pouco mais e descobri que o longa era de um livro de Matthew Quick, autor de “O Lado Bom da Vida”, e tive que ver se a escrita era tão tocante quanto o filme. Bom, chega de papo, vamos falar sobre Amber Appleton.

Amber Appleton tem dezessete anos, está no ensino médio e mora em um ônibus. Desde que o namorado da mãe as expulsou de casa, Amber, a mãe e Bobby Big Boy, o leal vira-lata da adolescente, estão acampados no Amarelão, o transporte escolar que a mãe de Amber dirige. Apesar de as coisas não estarem boas para o seu lado, Amber, que se autoproclama Princesa da Esperança, se recusa a desistir.

Em vez disso, ela foca todas as energias em ajudar as pessoas à sua volta: incluem-se aí a mãe alcóolatra, os amigos estranhos e excluídos, o Padre Chee e as Divas Coreanas por Cristo, uma octogenária cega e pessimista e um veterano de guerra solitário que escreve haicais. Mas quando uma tragédia faz seu mundo desabar por completo, Amber não consegue mais enxergar a vida com os mesmos olhos. Será que no meio de tanta tristeza e sofrimento ela vai recuperar a esperança? – Sinopse disponível no site da editora Intrínseca.

O LIVRO

Bom, antes de tudo, tenho que ressaltar que a escrita de Quick nesse livro é envolvente e faz você se apaixonar por cada personagem. Como não tinha gostado muito de “O Lado Bom da Vida”, fiquei um pouco receosa de acabar não curtindo o livro, mas foi exatamente o contrário que aconteceu. O desenvolvimento de cada personagem é muito bem construído, em especial a relação entre Amber e Danna, mãe de Ricky, um menino autista que ela considera irmão.

Por falar em Amber, é impossível não simpatizar e se sensibilizar com a história da garota, e torcer a cada página para que tudo melhore. A minha vontade é falar horrores da história, mas tem coisas que você precisa ver pela primeira vez, e acredito que contar um pouco mais dessa história possa estragar sua experiência literária.

O FILME

Bom, aqui já é outra história. No longa, Amber é interpretada pela talentosa Auli´l Cravalho (que sou completamente suspeita pra falar, já que sou muito fã de seus trabalhos anteriores na série “Rise” e em “Moana”), mas infelizmente o filme não tem nada a ver com o livro. O desenvolvimento dos personagens é muito corrido, e ausência de certas explicações faz com que o expectador fique um pouco perdido durante todas as reviravoltas da história. Apesar de manter a base da história, algumas mudanças se tornaram desnecessárias, fazendo com que, na minha opinião, a história de Quick perca um pouco a essência.

Porém, apesar desses pontos negativos eu ainda achei o filme incrível (inclusive chorei horrores vendo), e a música cantada por Cravalho (“Feels Like Home”) não saiu da minha cabeça. Dê uma chance para o filme e se apaixone ainda mais pela história de esperança de Amber.

Até a próxima leitura.

Trailer do filme (produção original Netflix):

Livro: “O ódio que você semeia”, de Angie Thomas

Ei gente!

Então, voltaremos com os posts habituais de resenhas de filmes e livros, e acho que seria injusto não começar indicando minha leitura preferida de 2018: “O ódio que você semeia”. O livro, escrito por Angie Thomas, se torna extremamente necessário na atualidade, sendo impossível não se emocionar.

Em “O ódio que você semeia”, acompanhamos a história de Starr, uma adolescente que é testemunha do assassinato de seu amigo Khalil em durante uma abordagem policial. A partir disso, vemos Starr lidar com a perda e com a necessidade de levantar sua voz para contar a verdadeira história e, assim, fazer justiça.

Bom, eu queria poder encontrar palavras para descrever o efeito que essa leitura teve sobre mim. Angie Thomas nos presenteia com uma protagonista muito bem construída que tem medo de levantar sua voz. Ela se considera parte de dois mundos, uma vez que é uma negra que frequenta um colégio particular apenas de brancos (detalhe crucial na narrativa, uma vez que a autora escancara o racismo enraizado na sociedade, mesmo que os adolescentes digam que não são por ouvir cantores rappers negros).

Tendo a violência policial contra negros como principal tema, “O ódio que você semeia” é uma obra necessária em tempos de intolerância. O livro não se incomoda de colocar o dedo na ferida e mostrar mais uma vez a necessidade de temas como esse serem discutidos. Afinal de contas, o que não falta são histórias de Khalil no mundo (principalmente no Brasil), e é nosso dever mostrar as Starr´s que não se deve ficar calado.

O livro teve sua adaptação cinematográfica lançada em 2018 e tenho que parabenizar os diretores pela fidelidade mostrada nas telas. Confira o trailer abaixo: